Tireóide é uma
glândula localizada na base do pescoço que apresenta uma forma de borboleta
sendo as “asas” chamadas de lobos e a parte central, que conecta os dois lobos,
o istmo.
No período embrionário
(antes do nascimento) a glândula tireóide começa a se formar na base da língua
e, lentamente, migra para a posição na qual é encontrada ao nascimento.
A tireóide produz dois
hormônios: tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3). Estes hormônios exercem influência no
metabolismo corpóreo, como um todo. O
hormônio com maior atividade é o T3 que pode ser produzido e
liberado diretamente pela glândula mas também pode ser um produto da ação de
vários órgãos do corpo, modificando T4. Na realidade, a maior parte do T3 no sangue vem desta
conversão periférica de T4.
A produção dos
hormônios T3 e T4 é regulada pela hipófise, uma pequena
glândula localizada no cérebro. Esta,
por sua vez, é regulada pelo hipotálamo, uma região cerebral. Como este controle é feito? Quando os níveis de hormônios tireoidianos
estão baixos, o hipotálamo produz um hormônio, chamado de TRH (hormônio
liberador de tireotropina), que vai estimular a hipófise a produzir um outro
hormônio, o TSH (hormônio estimulante da tireóide), que por sua vez estimula a
tireóide a produzir e liberar no sangue os hormônios tireoidianos. Quando os níveis hormonais estão
satisfatórios, os próprios hormônios tireoidianos vão agir no hipotálamo e na
hipófise diminuindo a produção de TRH e de TSH.
Quais as funções dos
hormônios tireoidianos? São
responsáveis pelo metabolismo em geral, pelo nível de energia. Uma criança com excesso de hormônio
tireoidiano (tireotoxicose) apresenta mais energia
do que consegue lidar e conseqüentemente não consegue parar quieta. Uma criança com falta de hormônio tireoidiano
(hipotireoidismo) tem falta de energia,
estando sempre parada e cansada. Nos
primeiros anos de vida, os hormônios tireoidianos também apresentam um papel
importantíssimo no desenvolvimento cerebral e no crescimento e sua falta
acarreta o hipotireoidismo congênito.