Tireotoxicose é quando existe um excesso de hormônio tireoidiano no sangue. Quando este excesso de hormônio é produzido pela própria glândula da pessoa, este quadro é chamado e hipertireoidismo.
Quais os sinais de
tireotoxicose?
Como foi dito, os hormônios tireoidianos são
responsáveis pelo metabolismo geral.
Excesso de hormônio tireoidiano levam a uma aceleração da freqüência
cardíaca, aumento da pressão arterial, perda de peso, calor, transpiração
excessiva, dificuldade para dormir, cansaço e em crianças piora no rendimento
escolar.
Quais as causas
para tireotoxicose?
A principal causa é chamada de doença de
Graves. A doença de Graves é uma doença
autoimune, na qual o corpo começa a produzir anticorpos que agem como se fossem
TSH. Com isto, a glândula acha que os
níveis de hormônio tireoidiano estão baixos e aumenta a produção hormonal. Essa doença é mais comum em mulheres e é
diagnosticada, freqüentemente, na puberdade.
Devido a esta estimulação excessiva, a glândula pode aumentar de
tamanho, o que é chamado de bócio.
Outra causa para tireotoxicose é o uso
excessivo de hormônio tireoidiano, seja para corrigir um quadro de
hipotireoidismo, seja na tentativa de perder peso.
Uma inflamação da glândula tireóide também
pode causar hipertireoidismo porque, devido a inflamação, uma quantidade maior
do que necessária, de hormônios tireoidianos entra no sangue.
Na criança, raramente vemos um quadro de
hipertireoidismo ser causado por tumores.
Como é feito o
diagnóstico de tireotoxicose?
O diagnóstico é feito baseado na história do
paciente, no exame físico e exames laboratoriais. O médico pode solicitar as dosagens no sangue de T3, T4,
e TSH. Ele pode também dosar os
auto-anticorpos mais comumente achados nas doenças da tireóide. Classicamente, os níveis no sangue de T3
e T4 encontram-se elevados e os níveis de TSH encontram-se baixos.
Como se trata
tireotoxicose?
Se a causa para a tireotoxicose for uma
ingestão aumentada de hormônio tireoidiano, isto deverá ser corrigido.
Se a causa for a produção excessiva de
hormônio, podemos tratar os sintomas, utilizando remédios chamados de
beta-bloqueadores e/ou podemos interferir com a função tireoidiana.
Existem três tratamentos para
hipertireoidismo: medicamentoso, iodo radioativo e cirurgia.
Os medicamentos agem diminuindo a produção dos
hormônios pela glândula. Podem ser
ingeridos entre uma e três vezes ao dia, dependendo do medicamento e do quadro
clínico. A redução dos níveis hormonais
levará 1-3 semanas para ocorrer e conseqüentemente, exames laboratoriais devem
ser realizados freqüentemente. Um dos
efeitos colaterais mais importantes, ocorrendo em menos de 1% dos pacientes
fazendo uso destas medicações, é a supressão da medula óssea (produtora das
células do sangue). É importante então
frisar que, qualquer pessoa fazendo uso de drogas anti-tireoidianas deve
procurar seu médico em caso de dor de garganta, febre os sinais de infecção,
para uma melhor avaliação.
O iodo radioativo tem como efeito colateral
mais freqüente o desenvolvimento de um quadro de hipotireoidismo,
que deverá ser tratado. Até o momento,
não existe uma relação entre ablação da tireóide (remoção da glândula com iodo
ratioativo) e neoplasias (tumores).
A cirurgia deverá ser realizada por uma equipe
com experiência nesta área.
O melhor tratamento para cada caso varia e o
seu médico é quem melhor pode orientar o tratamento ideal para o seu caso.